Antônio Gonçalves da Silva (Patativa do Assaré)
(1909-2002
(1909-2002
Antônio Gonçalves da Silva, dito Patativa do Assaré, nasceu a 5 de março de 1909 na Serra de Santana, pequena propriedade rural, no município de Assaré, no Sul do Ceará.
As penas plúmbeas, as asas e cauda pretas da patativa, pássaro de canto enternecedor que habita as caatingas e matas do Nordeste brasileiro, batizaram poeta Antônio Gonçalves da Silva, conhecido em todo o Brasil como Patativa do Assaré, referência ao município que nasceu. Analfabeto "sem saber as letra onde mora", como diz num de seus poemas, sua projeção em todo o Brasil se iniciou na década de 50, a partir da regravação de "Triste Partida", toada de retirante gravada por Luiz Gonzaga.
Sua verve poética serviu vassala a denunciar injustiças sociais, propagando sempre a consciência e a perseverança do povo nordestino que sobrevive e dá sinais de bravura ao resistir ao condições climáticas e políticas desfavoráveis. A esse fato se refere à estrofe da música Cabra da Peste:
"Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrê
Não nego meu sangue, não nego meu nome.
Olho para a fome , pergunto: que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrê
Não nego meu sangue, não nego meu nome.
Olho para a fome , pergunto: que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
Cantando para seu povo, brincou poeticamente com o fato de estar sendo gravado em disco na abertura de A dor Gravada:
"Gravador que está gravando
Aqui no nosso ambiente
Tu gravas a minha voz,
O meu verso e o meu repente
Mas gravador tu não gravas
A dor que meu peito sente".
Aqui no nosso ambiente
Tu gravas a minha voz,
O meu verso e o meu repente
Mas gravador tu não gravas
A dor que meu peito sente".
Fonte:Facom.U
BF@@@@
José Lins do Rego
BF@@@@
José Lins do Rego
Além da literatura, a outra grande paixão do autor de Menino de Engenho, Cangaceiros, Fogo Morto e outros, José Lins do Rego, nascido no Pilar, na Paraíba, foi o futebol. Era flamenguista roxo. Foi diretor do Flamengo e viajou com o clube em excursões pelo Brasil e pelo exterior, presidindo a delegação. Tinha cadeira cativa no Maracanã, onde viu o Brasil perder do Uruguai, na Copa de 50, assunto de algumas de suas crônicas: “A Copa do Mundo, que se acabou tão melancolicamente, deu-me uma experiência amarga, capaz de completar as minhas observações sobre o caráter do nosso povo”.
José Lins do Rego não viu a primeira grande alegria do povo brasileiro com a conquista da Copa do Mundo de 1958, jogada na Suécia, pois morreu de cirrose hepática um ano antes (12 de setembro de 1957). Tinha apenas 56 anos. Deixou vasta e rica obra literária.
José Lins do Rego não viu a primeira grande alegria do povo brasileiro com a conquista da Copa do Mundo de 1958, jogada na Suécia, pois morreu de cirrose hepática um ano antes (12 de setembro de 1957). Tinha apenas 56 anos. Deixou vasta e rica obra literária.
“Nunca ninguém, sendo do meu sexo, mas não do meu sangue, me deu mais compreensão e mais afeto. Compreensão e afeto nos momentos mais difíceis para uma amizade no Brasil; país de muitas camaradagens fáceis, mas de raras amizades profundas". (Gilberto Freire).
@@@@
Criação de Logos
@@@@
Criação de Logos
Contato:
Nenhum comentário:
Postar um comentário