segunda-feira, 26 de março de 2012

Augusto de Campos

Augusto Luiz Browne de Campos
(São Paulo SP 1931)
Poeta, ensaísta e tradutor de poesia, foi um dos principais articuladores do movimento internacional da poesia concreta, nos anos 50 e 60. Tradutor de Mallarmé, Joyce, Pound e dos poetas provençais, entre outros, foi também responsável pelo resgate de importantes autores da literatura brasileira, como Sousândrade e Pedro Kilkerry.
Em 1951, publicou o seu primeiro livro de poemas, O REI MENOS O REINO. Em 1952, com seu irmão Haroldo de Campos e Décio Pignatari, lançou a revista literária "Noigandres", origem do Grupo Noigandres que iniciou o movimento internacional da Poesia Concreta no Brasil. O segundo número da revista (1955) continha sua série de poemas em cores POETAMENOS, escritos em 1953, considerados os primeiros exemplos consistentes de poesia concreta no Brasil.
Haroldo, Décio e Augusto

Augusto de Campos é um de nossos mais importantes poetas (senão o mais importante) no campo da poesia experimental. Seu labor para atualizar as formas poéticas com relação ao mundo contemporâneo, desde os tempos heróicos da poesia concreta, é bastante conhecido. Ao lado de seu irmão Haroldo de Campos e do amigo Décio Pignatari, entre outros, formou a corrente mais avançada da poesia brasileira, posição que continua ainda a manter, mais de quarenta anos depois da eclosão do movimento da poesia concreta. Augusto de Campos, particularmente, foi o poeta mais sensível à questão das novas tecnologias e do relacionamento da poesia com a ciência. Em 1987, em seu artigo "O Artista na Sociedade Tecnológica", ele já defendia a idéia de que a tecnologia produz um impacto profundo em nossos sentidos e em nosso universo mental, acrescentando ainda que novos princípios estéticos devem ser buscados a partir do momento em que novos instrumentais tecnológicos se tornam disponíveis. Imbuído da convicção de que, no fim do século XX, a poesia estava saltando dos suportes tradicionais baseados na imprensa gutemberguiana, ele começou um processo de aproximação com artistas que estão experimentando com holografia e tecnologias eletrônicas (Julio Plaza, Moysés Baumstein, Walter Silveira, entre outros), e a conceber, num primeiro momento, releituras de seus poemas mais antigos em novos suportes, e depois trabalhos criados especificamente para os novos meios. Malgrado tenha feito, em parceria, poemas para vídeo, holografia, computação gráfica, painéis eletrônicos, etc., é com o CD e espetáculo multimídia Poesia É Risco que a sua obra dá uma radical virada, assumindo abertamente os novos meios. Atualmente, uma nova fase do artista está sendo gestada, com uma coleção de poemas inteiramente produzida em computador.

Fonte: Itau Cultural

MAIS DE AUGUSTO DE CAMPOS AQUI
VALE TUDO: Ferreira Gullar x Augusto de Campos

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