terça-feira, 24 de janeiro de 2012

T. S. Eliot


Nascido nos Estados Unidos, Thomas Stearns Eliot se sentia culturalmente ligado à Europa. Membro de uma família puritana de origem britânica, naturalizou-se inglês em 1927 e morou em Londres a partir dos 22 anos de idade. Os Eliot eram ligados às tradições da Igreja Unitária e membros da elite industrial e mercantil. Filho Henry Ware Eliot e Charlotte Chauncey Stearns,o poeta, ensaísta e dramaturgo recebeu o Prêmio Nobel em 1948.

Em 1906, aos 18 anos de idade, seguiu para Boston para estudar em Harvard, onde se dedicou a estudar literatura e filosofia. Editou a revista universitária "The Harvard Advocate", na qual publicou alguns trabaIhos. Após diplomar-se em letras clássicas, em 1909, foi a Paris, onde fez cursos de língua e literatura francesas, na Universidade Sorbonne. De volta a Harvard, voltou à filosofia e às letras, com ênfase na literatura sânscrita e na filologia indiana, o que o ocupou de 1911 a 1913.

Já na Inglaterra, em 1915, casou-se com Vivienne Haigh-Wood, da sociedade londrina. Lecionou no Highgate College, pequena escola para crianças nos arredores de Londres. Abandonou o magistério e trabalhou no Lloyds Bank de Londres.

Em 1917, publicou "Prufrock and Other Observations" ("Prufrock e Outras Observações"), obra ao mesmo tempo satírica e pessimista. O poema "The Love Song of J. Alfred Prufrock" ("A canção de amor de J. Alfred Prufrock"), é o mais conhecido do volume de crítica à cultura de sua época.

Em seguida, começou a satirizar o passado da Europa com a coletânea "Poems" (1919; Poemas) e "The Waste Land" (1922; "A Terra Devastada").

IVAN JUNQUEIRA DIZ MAIS SOBRE T.S. ELIOT, AQUI

@@@@@




T.S. ELIOT REJEITOU A “REVOLUÇÃO DOS BICHOS” DE GEORGE ORWELL

Matéria publicada pelo jornal The Telegraph revela que T. S. Eliot, considerado por alguns como o maior poeta de língua inglesa do século XX, recusou publicar o livro "A revolução dos bichos", de George Orwell, devido ao seu conteúdo "trotskista". Em cartas só agora disponibilizadas por sua viúva, ele teria afirmado que o argumento de Orwell (que tentava fazer uma caricatura do regime "stalinista") não era "convincente". A obra foi rejeitada por 4 editoras antes de ser publicada.

Segundo o jornal, uma das prováveis razões desta recusa é que naquele período, em 1944, a URSS estava derrotando os nazistas na II Guerra Mundial, e o prestígio dos soviéticos e de Stalin em todo o mundo era muito alto. O poeta afirma a Orwell em uma das cartas: "Não estamos convencidos de que este é o ponto de vista correto do qual criticar a situação política neste momento."

E completa: "Além do mais, os seus porcos são muito mais inteligentes que todos os outros animais, e portanto são os mais qualificados para governar a fazenda - na verdade não poderia haver uma fazenda sem eles: então o que era realmente necessário (alguém poderia argumentar) não seria mais comunismo, mas sim mais porcos como eles."

Um detalhe interessante que este episódio nos revela é a própria natureza do trotskismo: enquanto os soviéticos estavam salvando o mundo numa luta encarniçada contra o nazismo, eles estavam panfletando contra o governo da URSS, num esquerdismo infantil e irresponsável.
Matéria completa em: The Telegraph

Caricatura: João de Deus Netto

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...