segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mário Quintana


O auto-retrato

“No retrato que me faço
– traço a traço –
Às vezes me pinto nuvem
Às vezes me pinto árvore...

Às vezes me pinto coisas
De que nem há mais lembrança...
Ou coisas que não existem
Mas que um dia existirão...

E, desta lida, em que busco
– pouco a pouco –
Minha eterna semelhança,

No final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!”

Mario Quintana
“Jamais compreendereis a terrível simplicidade
das minhas palavras porque elas não
são palavras: são rios, pássaros, naves...”
Mario Quintana

Trabalhar com o poeta Mario Quintana significa entrar em contato com uma poesia
extremamente lírica, que, a partir de uma forma simples e despretensiosa, alcança tons
universais.
Nos meios acadêmicos criou-se a imagem de que só se devem estudar os poetas difíceis, herméticos, complexos. Por isso, a poesia de Mario Quintana fi cou renegada, por muitos anos, a um segundo plano. Era considerada fácil e acessível aos olhos dos doutores em letras.
O tempo provou o contrário. Sua aparente simplicidade formal encobre recursos poéticos riquíssimos, inúmeras sutilezas verbais, além de apresentar soluções rímicas e rítmicas surpreendentes.


De Márcio Vassallo - Jornalista e escritor.




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Criação e Arte - Capas de Livros



3 comentários:

Laila disse...

Os grilos

Toda a noite
os grilos fritam não sei o quê.
A madrugada chega,
destampa o panelão:
a coisa esfria...

Mário Quintana,em Lili Inventa o Mundo

Gracinha Torres disse...

Netto. Põe minha foto ai como seguidora.
Parabens cara.
Beijos.

Marcio Rufino disse...

Adorei o blog pela irreverência das fotos e bom gosto do conteúdo. Obrigado por ter enviado o link para minha caixa de e-mail. onvido para visitar
http://emaranhadorufiniano.blogspot.com

e

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Abrçs!!!

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