quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Mario Vargas Llosa

Travessuras da Menina Má
Sinopse
Nos anos 50, no bairro aristocrático de Miraflores, em Lima, o jovem Ricardo Somocurcio se apaixona pela estonteante e misteriosa chilena Lily. Depois de descobrir que, na verdade, ela é peruana e de origem humilde, ele a perde de vista, mas não consegue esquecê-la. Ricardo, um intéprete da ONU sem grandes ambições, e Lily, mulher fria e manipuladora que vive mudando de nome e de marido conforme as conveniências, se reencontram ao longo da vida, em diferentes momentos e em várias cidades do mundo. Travessuras da Menina Má conta esta história de encontros e desencontros através de quatro décadas. Segundo Vargas Llosa, este é um romance que desejava escrever há muito tempo. É uma história de amor, um amor moderno, condicionado pelo mundo em que vivemos e que está muito mais próximo da realidade do que os amores românticos da literatura. Este amor que se estende ao longo de quarenta anos também serve para fazer uma espécie de grande afresco de um universo que mudou extraordinariamente, afirmou ao El País. Ao mesmo tempo em que conta a história de uma paixão arrebatadora, Travessuras da Menina Má traça um panorama de transformações sociais e políticas ocorridas na Europa e na América Latina. Muitas das experiências vividas por ele aparecem através de seus personagens: No romance utilizo material histórico do que foi o movimento guerrilheiro no Peru, o grande fracasso da primeira tentativa revolucionária séria que foi o Movimento de Esquerda Revolucionária, o MIR. E também descrevo o que é esse clima em que a utopia revolucionária se propagou de forma generalizada, como Paris se transformou no centro que exportava as idéias, os mitos e as fantasias da revolução, e também o fracasso de tudo isso. A vida me deu a oportunidade de viver as duas coisas, lembra o autor. Aos 70 anos, completados em março deste ano, Mario Vargas Llosa admite que este romance dá muitas outras pistas sobre sua própria vida. "O livro se passa nas cidades onde vivi. A história em si não existiu, mas os lugares são os meus: o Peru de quando eu era pequeno, a Paris dos anos 60, a Londres dos 70 e a Espanha dos 80. Na época da swinging London, por exemplo, caí no bairro que descrevo muito no romance, Earl´s Court, na época em que era o coração desse movimento, disse ao jornal espanhol.

Capa de minha autoria para ilustrar o post do Prêmio Nobel peruano

Contato: picinez@gmail.com  Tel.[41] 3076-7631

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João Ubaldo Ribeiro


João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro (Itaparica, 23 de janeiro de 1941), escritor, jornalista, roteirista e professor.
Nasceu em 1941 em Itaparica (BA). Iniciou no jornalismo trabalhando como repórter no Jornal da Bahia e, tempos depois, tornou-se editor-chefe do Jornal A Tribuna da Bahia.
Morou nos EUA, em Portugal e na Alemanha. Participou de adaptações de textos seus e de terceiros para televisão e cinema e foi premiado e homenageado em várias partes do mundo. É um dos mais importantes escritores brasileiros contemporâneos, autor de clássicos como Viva o Povo Brasileiro, e é membro da Academia Brasileira de Letras. Vale a pena conferir Sargento Getúlio, o Sorriso do Lagarto e Viva o Povo Brasileiro.

"Eu acho que se eu fosse escrever minha autobiografia, acho que o título seria Então é isto? É isto? Quer dizer, aqueles sonhos que eu tinha, de juventude, aos 18 anos, 19 anos, é isto. Que é que eu posso ser mais? Eu posso tirar, é possível, não é impossível, que eu tire o Prêmio Camões um belo dia. Não têm a quem dar, "Ah, bota o João Ubaldo aí. Ele viveu aqui em Lisboa. Bota aí o João Ubaldo".
Poderia tirar, se fosse o caso, de um absurdo qualquer, dessem um Prêmio Nobel, lá, resolvesse algum maluco lá da Academia de Letras da Suécia dar um Prêmio Nobel a mim... Eu estou falando em termos do que eu posso aspirar, em matéria de glória e tal, aonde eu já cheguei. Já estou na Academia Brasileira de Letras, já vivo de escrever, que era minha ambição...
É... é... é... Eu não tenho mais tesão para certas coisas. Certas coisas...".


Capa de minha autoria para ilustrar o post do acadêmico bahiano.
Contato: picinez@gmail.com  Tel.[41] 3076-7631

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10 comentários:

Garcia disse...

Canalhas envelhecem...

Bernadeth Ferraz disse...

Mario Vargas - pense uma caricatura Llosamente porreta. Que sorrisão mordazmente zombeteiro endossa a arte do Netto... K RA K, meu!!!

Otoniel Lemos disse...

Os "nobeis" sempre aprontando! Onde quer que tenha alguma coisa que está fugindo do controle do "patrão", eles desencavam uma solução. Se fosse pelo "conjunto da obra", teriam sido mais convincente.

Cleber Pacheco disse...

Excelente blog.

Cristina Macedo disse...

Acabei de recomendar teu blog lá no meu.

Veja meu blog: http://cris-cristinamacedo.blogspot.com

Cunha e Silva Filho disse...

João de Deus Neto:
Você está prestando um grande serviço à literatura brasileira e, por vezes, à estrangeira. Suas charges eletrônicas(não sei se usei o termo correto, a intenção é o quanto basta para o elogio honesto), misto barroco de gente, misto de arte digital, em que se pode observar a acuidade do detalhe, do olho certeiro do artista em cima daquilo que, na fisionomia e olhar humano, é preciso mostrar para tornar o resultado uma obra de arte.
Um abraço do professor, escritor e conterrâneo.

Rio de Janeiro, 09 de outubro de 2010

Marcio Rufino disse...

Meu querido,

Muito obrigado por sua visita lá no nosso emaranhado. Volte sempre. O picinez está cada vez melhor. Abrçs!!!

Bernadeth Maria y Ferraz disse...

A menina má, das travessuras, diz: "- Olhos, pra que os quero?!"
Muito bom! E bonito, Mr. Netto. Pra quem tem um xódo pela América espanhola, eu até
sugiro um quadro na parede.
Abs.b

Paulo J. Cunha disse...

uma beleza, seu netto.

Dodó Macedo disse...

Nettão, sempre preservando a ironia...
Meu computador continua no estaleiro. Em breve, tudo azul, e voltarei a poder utilizar novas imagens, como as do notável Picinez.
Grande abraço,
Dodó Macedo.

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