segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"História da Amazônia"


Márcio Souza

"História da Amazônia" relata o processo histórico regional é considerado pelo próprio autor, como um de seus trabalhos mais importantes.

- É um texto escrito para dialogar com o presente, com os jovens, com os professores, com os homens e mulheres que se preocupam com o futuro da Amazônia. É um chamamento à consciência – libelo contra a perda da memória, para que tenhamos sempre a consciência de nossos erros e, assim, possamos trabalhar pela construção de um futuro histórico que não seja a expressão de nossa derrota, mas da vitória do ser humano sobre a opressão e a destruição de nossos rios, florestas, bichos, valores culturais, saberes milenares e dos seres encantados das matas-, relata o autor. 


A obra foi escrita em forma de um painel histórico, subdividida em 10 partes, em que Márcio descreve a geografia, as origens do homem amazônico, a conquista e a colonização da região além do ciclo da borracha e o extrativismo, culminando numa reflexão sobre a contemporaneidade: os grandes projetos, a agressão ao ecossistema, os conflitos de terra, o narcotráfico e a teoria da sustentabilidade.
Márcio Souza, romancista, dramaturgo e ensaísta, nasceu em Manaus, no dia 4 de março de 1946. Um dos mais destacados ficcionistas brasileiros, sua obra está traduzida em vários idiomas. Aos 14 anos começa sua iniciação de escritor, no jornalismo, escrevendo crítica de cinema para o jornal O Trabalhista, de Manaus. Em 1966 começa a estudar Ciências Sociais, na Universidade de São Paulo. 

Na capital paulista, trabalhou como roteirista de cinema, assistente de direção e produtor de comerciais de televisão. Em 1973, retornou a Manaus, participando ativamente da movimentação cultural que se criou em torno do Teatro Experimental do Sesc. Nessa fase escreveu a maioria de suas peças de teatro, trabalho que foi interrompido em 1982 e retomado em 2003.

Sua estréia como ficcionista aconteceu, em 1976, com a publicação do romance, Galvez, imperador do Acre. Firmou sua reputação como ficcionista, com a publicação de vários romances: Galvez, imperador do Acre; Mad Maria; A resistível ascensão do Boto Tucuxi; O fim do terceiro mundo, 1990. A partir de 1996, inicia a publicação de sua tetralogia, intitulada “Crônicas do Gão-Pará e Rio Negro”, da qual já publicou: Lealdade, Desordem e Revolta. No teatro, merecem destaque as peças: A paixão de Ajuricaba, A maravilhosa estória do sapo tarô-bequê e Dessana, Dessana.  

Como ensaísta, escreveu alguns textos reveladores sobre a realidade amazônica: A expressão amazonense: do colonialismo ao neocolonialismo e O empate contra Chico Mendes. Seu livro de contos, Caligrafia de Deus, mereceu boa acolhida dos leitores. 


Fonte: Portalamazonia.com

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