Márcio Souza
"História da Amazônia" relata o processo histórico regional é considerado pelo próprio autor, como um de seus trabalhos mais importantes.
- É um texto escrito para dialogar com o presente, com os jovens, com os professores, com os homens e mulheres que se preocupam com o futuro da Amazônia. É um chamamento à consciência – libelo contra a perda da memória, para que tenhamos sempre a consciência de nossos erros e, assim, possamos trabalhar pela construção de um futuro histórico que não seja a expressão de nossa derrota, mas da vitória do ser humano sobre a opressão e a destruição de nossos rios, florestas, bichos, valores culturais, saberes milenares e dos seres encantados das matas-, relata o autor.
A obra foi escrita em forma de um painel histórico, subdividida em 10 partes, em que Márcio descreve a geografia, as origens do homem amazônico, a conquista e a colonização da região além do ciclo da borracha e o extrativismo, culminando numa reflexão sobre a contemporaneidade: os grandes projetos, a agressão ao ecossistema, os conflitos de terra, o narcotráfico e a teoria da sustentabilidade.
Na capital paulista, trabalhou como roteirista de cinema, assistente de direção e produtor de comerciais de televisão. Em 1973, retornou a Manaus, participando ativamente da movimentação cultural que se criou em torno do Teatro Experimental do Sesc. Nessa fase escreveu a maioria de suas peças de teatro, trabalho que foi interrompido em 1982 e retomado em 2003.
Sua estréia como ficcionista aconteceu, em 1976, com a publicação do romance, Galvez, imperador do Acre. Firmou sua reputação como ficcionista, com a publicação de vários romances: Galvez, imperador do Acre; Mad Maria; A resistível ascensão do Boto Tucuxi; O fim do terceiro mundo, 1990. A partir de 1996, inicia a publicação de sua tetralogia, intitulada “Crônicas do Gão-Pará e Rio Negro”, da qual já publicou: Lealdade, Desordem e Revolta. No teatro, merecem destaque as peças: A paixão de Ajuricaba, A maravilhosa estória do sapo tarô-bequê e Dessana, Dessana.
Como ensaísta, escreveu alguns textos reveladores sobre a realidade amazônica: A expressão amazonense: do colonialismo ao neocolonialismo e O empate contra Chico Mendes. Seu livro de contos, Caligrafia de Deus, mereceu boa acolhida dos leitores.
Fonte: Portalamazonia.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário