“Ser árabe é como dar murro em ponta de faca”
Por Carolina Borba
A escritora libanesa Joumana Haddad encara a cultura mulçumana, nada contra a correnteza e se consagra na literatura oriental
Divergente dos estereótipos impostos às mulheres mulçumanas, Joumana Haddad se destaca na literatura oriental pela sua linguagem ousada e assuntos polêmicos para serem tratados por mulheres da cultura árabe. A libanesa é uma das atrações confirmadas para a VII Festa Literária Internacional de Pernambuco, que este ano fará “Uma Viagem ao Oriente”, entre os dias 11 e 15 de novembro.
Jornalista literária, poeta, tradutora e escritora, Haddad é a criadora da revistaJasad – corpo, em árabe – que é proibida em quase todos os países árabes. A publicação explora assuntos considerados tabus, como corpo e sexualidade reservando, ainda, espaço para literatura erótica e ensaios fotográficos.
Apesar disso, ela não tenta se igualar aos homens para se afirmar como uma mulher independente. Mas, admite ser difícil se impor em um meio opressivo e machista, como é o caso da cultura mulçumana. No livro “Eu matei Sherazade” – recentemente publicado no Brasil – a escritora relata como conseguiu se firmar e emplacar na cultura árabe.
Mesmo com todas as adversidades, Joumana ainda continua a morar no Líbano, pois acredita que a mudança não é importável. Ela precisa ser criada dentro do seio cultural para que seja acreditada e aceita.
Fonte: Blog Fliporto http://fliporto.net/
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