segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Dias Gomes


Alfredo de Freitas Dias Gomes (l923-1999) nasceu em Salvador (BA) sendo membro de uma família de classe média que o estimulava nas atividades culturais. Assim, desde a infância interessou-se pela literatura (chegou a ter publicado um pequeno livro de poesias) e por representações teatrais. Escreveu sua primeira peça A Comédia dos Moralistas aos 15 anos de idade, em 1937. Embora não tenha sido encenada, a obra foi premiada e publicada pelo Serviço Nacional de Teatro.
Residindo na cidade do Rio de Janeiro, a então capital federal, o jovem autor escreveu Pé de Cabra, sua primeira realização teatral de sucesso, que foi produzida e encenada pelo ator Procópio Ferreira e exibida em diversas capitais brasileiras nos anos de 1943 e 1944. A peça foi proibida no dia da estréia por ser considerada marxista, o que fez despertar no autor a vontade de ler Marx, um escritor que pensava de modo semelhante ao seu. Liberada mais tarde, serviu, no entanto, para caracterizar Dias Gomes como comunista muito antes de ele ingressar, de fato, no partido comunista brasileiro.
"De todas as artes acho o teatro a mais atuante. Foi uma das primeiras manifestações culturais no Brasil e serviu de propósitos catequéticos e políticos. Era a conquista do índio para o Deus branco e consequentemente para o senhor branco. A valorização do teatro era evidente, pois se não fosse, eles teriam escrito romances ou pintado quadros. Mas não. Anchieta escreveu e encenou peças".
A notoriedade de Dias como autor foi obtida com a peça O Pagador de Promessas (1959) que, ao ser adaptada para o cinema, obteve grande sucesso e conquistou vários premios internacionais. O Pagador de Promessas é uma das peças brasileiras recordistas em traduções e encenações no exterior. Nos Estados Unidos foi encenada quatro vezes, por diferentes diretores norte-americanos.
No teatro, Dias Gomes criou ainda obras como: Os Fugitivos do Juízo Final, A Revolução dos Beatos, O Santo Inquérito, O Berço do Herói, A Invasão, Campeões do Mundo, Vargas, O Rei de Ramos, Meu Reino por um Cavalo e outras. Alguns desses textos serviriam de fonte de inspiração e desenvolvimento de personagens para diversas telenovelas.
Não gostando de televisão, Dias Gomes se tornou um dos principais responsáveis pelo sucesso do veículo e é considerado um dos seus melhores autores. Não dá para esquecer O Bem Amado, Roque Santeiro, Irmãos Coragem; a adaptação de Dona Flor e Seus Dois Maridos, Saramandaia...
Edgar Ribeiro de Amorim
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Capa de minha autoria para ilustrar o post.
[41] 3076-7631

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa cara captura... Eis Dias Gomes de estalo. Sabes quando neguim exagera pra ficar igual? Nooossa!
Tu és bão mês!
Abs. Zildeth

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